Segundo Freud, a pessoa através de sua constituição inata associada às influencias sofridas nas vivências de suas relações com as imagos: paterna, materna ou fraterna, nos seus primeiros anos de vida, elabora maneiras de se conduzir na vida erótica (enamorar-se), estabelece o que ele chama de “clichês”, ou compulsão à repetição (FREUD, 1995). E são estes os nossos clientes (crianças-adolescentes) que geralmente chegam à clinica, conduzidos pelos seus pais, é comum ouvir dos genitores, eu o trouxe porque ele (a) está com esse (s) ``problema (s)``, para o senhor resolver para mim, percebe-se ai, que não existe a visão de uma relação afetada por diversos fatores. A visão trazida por eles (genitores), parece ser a mesma de quando o seu automóvel dá um defeito, e ai, é só o levar na oficina que o mecânico conserta, mas com a criança-adolescente, não funciona assim, Lacan nos alerta que, o sintoma da criança acha-se em condição de responder ao que existe de sintomático na estrutura familiar, (Estrutura Mítica Edípica). O sintoma pode representar a verdade do casal, ou a da mãe e barrando a sua verdade, e ai, quando o casal percebe que essa dinâmica, a familiar, não será tão fácil assim de ``consertar``, sem se envolverem no processo, geralmente retiram a criança-adolescente do atendimento.
Autor: José Divino
Núcleo da Criança e do Adolescente (NAEPP – Núcleo de Atendimento Estudo e Pesquisa em Psicanálise); Membros: José Divino, Lívia e Fátima.
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